"Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros ou para o sorriso das vacas."
Marguerite Yourcenar, Memórias de Adriano (revista e acrescentada por Carlos C., segundo Aníbal C. S.)

domingo, 13 de maio de 2018

Maio de 68 - 50 anos (7)

Maio transita das universidades para as ruas e das ruas para as fábricas.

A 13 de maio, 1 milhão de pessoas manifesta-se nas ruas de Paris, durante a greve geral. Esta afecta todo o país.
Há manifestações por toda a França.
A Sorbonne é reaberta e ocupada pelos estudantes.
No Festival de cinema de Cannes, as projecções são suspensas.

O historiador Tony Judt considerou que estes protestos laborais foram os "maiores da história moderna de França", afirmando que os trabalhadores estavam "genuinamente frustrados com as suas condições de vida".

Nos dias que se seguem, os operários da Renault decretam uma greve e ocupam as instalações da fábrica em Cléon (dia 15), o movimento grevista alastra a mais de 50 empresas (16), a emissão da televisão (ORTF) passa a ser controlada pelos jornalistas e técnicos (19), o porto de Marselha é ocupado pelos trabalhadores e as centrais eléctricas e de telefones são bloqueadas (20), a greve envolve cerca de 7 milhões de trabalhadores (há quem fale em 9 milhões), os teatros de Paris estão ocupados (dia 21).




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